sexta-feira, 1 de março de 2013

Produtores da região de Canudos sofrem descaso do BNB com a não liberação de recursos de combate à seca

image Banco não liberou recursos para socorrer produtores
O programa A VOZ DO BRASIL desta quarta-feira informou que amanhã, quinta-feira (28) será o último dia para o agricultores do semiárido apresentarem proposta de crédito da seca ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
Desde novembro de 2011 (2011 mesmo!) os pequenos agricultores de Canudos vêm pleiteando crédito no BNB; ou seja 1 ano e 3 meses.
 Foram quatro reuniões em Salvador com a Superintendência do Banco com o Sr. Nilo Meira, e o atual superintendente e seus diretores/gerentes. Uma dessas reuniões com a presença da Senadora Lídice da Mata e o Fórum de Desenvolvimento Local de Canudos (43 entidades da sociedade civil). Mais quatro reuniões em Canudos com diretores/gerentes de Salvador, outras com representantes da agência de Cícero Dantas - uma delas com a participação do Superintendente Nilo Meira. Após tantas idas e vindas o atual superintendente sugeriu que indicássemos quatro técnicos locais que o Banco os treinaria e a elaboração dos projetos assim estaria sendo resolvida. Assim se procedeu, os projetos foram elaborados e aí todos contentes... resultado: nenhum projeto analisado/liberado. Novas discussões com o BNB. E o Banco informa que mandaria uma equipe para fazer um mutirão no local para sanar de uma vez por todas esse problema. Mais uma vez, nada, nada, nada!!! Nenhum projeto aprovado/liberado; Centavo zero!!!!!!!!!!!!!!!!!!!. Canudos e toda a região sofrem com mais um ciclo impiedoso de seca. Nada inusitado. Tudo previsível. Estudos do Instituto de S. José dos Campos/SP e detalhados pelo saudoso Dr. Manoel Bomfim (falecido recentemente) atestam essa previsibilidade num período de 26 em 26 anos, com períodos intermitentes. Não é matemático, mas tem um nível de razoabilidade. Neste cenário, projetos estruturantes e um política de convivência com a seca não tem sido implementados pelos estados brasileiro.
 Pior ainda, no momento da crise um órgão como o BNB brinca com o sofrimento da população. Em recente reunião dos sindicatos dos trabalhadores rurais da região (Canudos, Euclides, Monte Santos, etc. etc.), atestam a mesma conduta do banco. Com a palavra: Senado da República, Câmara Federal, Diretoria do BNB em Fortaleza (pois na Bahia parece que não há mais nada a fazer), Ministério da Fazenda, Assembléia Legislativa da Bahia, Governo da Bahia, etc, etc, etc. Precisamos resolver esse drama de milhares de produtores, a partir de Canudos, mais uma vez travando uma nova batalha, agora contra a pobreza e a desigualdade... e o descaso, notadamente do BNB.
 Luiz Paulo Neiva

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