terça-feira, 19 de março de 2013

BA: concurso pede atestado de virgindade

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No caso de a mulher não ser mais virgem, devem ser feitos exames ginecológicos detalhados; OAB considera que medida viola intimidade.
O edital de um concurso da Polícia Civil da Bahia gerou polêmica após exigência de comprovação de virgindade ou realização de exames ginecológicos de coloscopia, citologia e microflora para candidatas a delegada, escrivã e investigadora. A OAB-BA (Ordem de Advogados do Brasil na Bahia) divulgou uma nota de repúdio por violar a “intimidade” das mulheres. A entidade classificou a medida como “extremamente abusiva e desarrazoada” nos dias atuais. O item polêmico do edital do concurso libera mulheres “com hímen integro” de passar por “avaliação ginecológica detalhada”. Para isso, porém, as candidatas são obrigadas a comprovar a virgindade por meio de atestado médico assinado e carimbado. “Exigir que as mulheres se submetam a tamanho constrangimento é, no mínimo, discriminatório, uma vez que tal exigência não tem qualquer relação com as atribuições do cargo, além de tornar mais oneroso o concurso para as candidatas do gênero feminino”, diz a nota. O texto, por fim, diz que “a imposição legal de critérios de admissão baseados em gênero, idade, cor ou estado civil configura uma forma gravosa de intervenção no âmbito da proteção à igualdade jurídica (CF, art. 5º, caput) e da regra que proíbe quaisquer desses requisitos como critério de admissão (art. 7º, XXX,CF), além das violações à Lei 9.029/95”. O concurso em questão oferece 600 vagas, com salários que vão de R$ 1.558,89 a R$ 9.155,28.

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