Para
desfrutar das águas quentes e terapêuticas de Caldas do Jorro, um dos
pontos turísticos com maior potencial de atração do país, o visitante
não tem que pagar nada por isso, o que não ocorre em outras cidades da
Bahia e do Brasil, onde simples visitas só são realizadas mediante
pagamento de taxa, que geralmente variam de R$ 2 a R$60. Em Salvador,
por exemplo, para se ter acesso às famosas igrejas do século XVIII, o
turista precisa desembolsar uma "taxa de manutenção" de R$ 3, podendo
variar de uma igreja para outra. No Rio de
Janeiro, quem deseja visitar o Cristo Redentor (Corcovado) ou andar pelo
Pão de Açúcar precisa ter no bolso R$50, por ticket. A taxa mais em
conta que tem por lá é para conhecer o famoso e cinematográfico Jardim
Botânico, onde se paga a quantia simbólica (diante dos outros) de R$5.
Pagamos e saímos felizes por ter conhecido famosos cartões postais. A partir do
dia 27 de março, a prefeitura de Cairu passará a cobrar R$15 a todo
turista que desembarcar em Morro de São Paulo, no Baixo Sul baiano. A
nova cobrança, batizada de Taxa de Preservação Ambiental (TAP), é um
tributo estabelecido na Lei Complementar 387, aprovada na Câmara
Municipal em 27 de dezembro de 2012. De acordo com o gestor, além de
possibilitar um sistema de controle de quem entre na ilha, a arrecadação
potencializará os serviços de proteção e preservação da fauna e flora
do balneário. Todos estes
pontos turísticos citados acima são famosos não só pelas suas belezas
naturais, mas também pela conservação e variedade de atrativos aos
turistas. No caso de Caldas do Jorro, que recebe dezenas de turistas
todos os dias, uma cobrança de taxa, ainda que pequena, poderia
representar uma forma concreta para o município arrecadar mais recursos e
poder oferecer melhores condições ao visitante e diversificar as
atrações existentes no local, já que os recursos disponíveis não dão
conta da demanda. Resta saber qual seria a postura de turistas e
moradores sobre uma eventual cobrança.
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