2 de Julho: Prefeitura e Estado não
sabem vender a festa como produto turístico nacional
1. Estamos chegando na temporada primavera-verão e, até agora, a
Prefeitura de Salvador não anunciou o esperado calendário anual de
eventos de cultura e lazer para a cidade conforme prometido pelo
prefeito ACM Neto. Pelo visto, vai-se repetir o que já vinha acontecendo
há anos, restringindo-se essa temporada ao chamado "ciclo de festas
populares do verão" que culmina com o Carnaval.
2. A rigor, diriamos assim, Salvador se move pra valer com apenas um
evento com alguma repercussão internacional que é o Carnaval. Fora
disso, acontece a temporada do verão pré-Carnaval embalada pelos eventos
da iniciativa privada e momentos episódicos patrocinados com o apoio do
governo do Estado, como a Stock Car, a presença do Cirque le Soleil, o
São João do Pelô e a Copa das Confederações, este último sazonal.
3. Salvador está fora do mercado cultural nacional há muitos anos e
recebemos acá alguma sobra e espetáculos no TCA com temporadas
relâmpagos, quase sempre com espetáculos em 1 no máximo 2 dias.
Festivais? Nada. Expos importantes? Zero. Shows internacional? - zero. A
Jornada Internacional de Cinema vive com a cuia na mão faz é tempo.
Literatura? Não há.
4. Nos governos Imbassahy, a cidade ainda tentou organizar alguns
eventos intermediários ao Carnaval: o aniversário da cidade, a Semana
Santa no Dique do Tororó, o São João, 2 de Julho com midia nacional, a
Trezena de Santo Antonio, as festas pré-Natalinas na Praça de Sé com
apresentações do Coral da Cidade, mas, tudo isso, João Henrique detonou
com seu espírito predatório e a Fundação Gregório de Mattos virou
cinzas.
5.
Com ACM Neto havia uma esperança e o secretário da pasta chegou todo
assanhado, falando muito, mas, silenciou. Nada aconteceu. Pense-se,
agora, em 2014, pois, 2013 já passou. A Saltur, recentemente, em
matéria no Correio, falou em "repensar e organizar os festejos populares
de Salvador e retornar as características originais dos eventos".
Bobagem pura. Esse negócio de "repensar" é coisa de burocrata que não
tem o que fazer.
6. Repensar o que? Vai voltar aguadeiros no Bonfim como era no
original? Não existe mais, acabou. As carroças estão proibidas e os
caretas carnavalescos idem. Os tempos são outros. A cidade mudou e
parece que esse pessoal não acompanha o que se passa no mundo. Diz-se
que o Carnaval está em debate. Só pode ser piada. Todo ano é essa mesma
conversa e acontece o Carnaval de acordo com que os empresários decidem.
7. Todo mundo é emprsário no Carnaval, dos afros, aos trios. Mude João
Jorge do Olodum. Faça uma eleição direta no Ilê. Não existe. A vida
como ela é. Os camarotes estão aí e já têm uma associação. O que a
Prefeitura no plano cultural deve fazer é evitar que saia o bloco da
Skol, o bloco da Brahama, o camarote da Itaipava. Senão, a festa perde
seu enredo cultural.
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