Munida de diagnósticos feitos pela equipe de marketing sobre o cenário
da disputa de 2014 captado pelas últimas pesquisas de intenção de votos –
a estagnação de Eduardo Campo (PSB) e o crescimento de Marina Silva
(sem partido) -, a presidente Dilma Rousseff vai, a partir deste mês,
dar prioridade a viagens pelo Sudeste e a agendas com eventos de
interesse da classe média,
como ensino técnico e mobilidade urbana. O pior desempenho de Dilma,
segundo a última sondagem do Datafolha, está entre o eleitorado com
renda acima de 10 salários mínimos. Por conta disso, a agenda voltada à
população carente com entregas de imóveis do Minha Casa, Minha Vida e
benefícios do Bolsa Família dará lugar a cerimônias ligadas ao Pronatec
(Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), e ao PAC da
Mobilidade Urbana.
Sem fantasmas. Estados do Nordeste, destino preferido pela petista para
cortar fita e assim conter um possível avanço do governador de
Pernambuco, agora serão substituídos porcentros mais populosos como
São Paulo, Campinas e Belo Horizonte. Para o Planalto, o governador
Campos, por ora, é um fantasma a menos para assombrar o PT no Nordeste.
Por outro lado, o comando petista identificou a migração de votos do
eleitorado mais urbano e abastado para Marina Silva, cujo perfil é
associado ao rompimento da velha forma de fazer política. Mas os
petistas acreditam que a situação confortável da ex-ministra do Meio
Ambiente será revertida quando a campanha eleitoral de rádio e TV
começar. “Se a Marina for mesmo candidata, o que ela tem para mostrar? O
que ela fez além da agenda ambiental? Nada”, afirmou um dos principais
conselheiros de Dilma. “Quando a campanha eleitoral começar, a população
vai ficar surpresa com o tanto de realizações que este governo fez e
que a grande mídia não mostrou. Se a presidente quiser, eu já preparei
uma lista de feitos que ela pode inaugurar no Estado que ela quiser”,
finalizou essa mesma fonte.
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