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lotes do Centro Tecnológico da Bahia
Foto: BJÁ
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. A crise financeira do Estado da Bahia inevitavelmente será um dos
temas da campanha política à sucessão do governador Wagner, em 2014. Em
princípio, diria que beneficia a oposição, especialmente se sair unida e
com uma proposta bem formulada. O discurso já tem. E tema melhor do que
esse impossível porque ninguém vai falar de "crise financeira" na
acepção do termo e sim de que Wagner "quebrou o estado", "faliu o
estado" e assim por diante.
2. Aliás, como já vem sendo feito por alguns deputados na Assembleia
Legislativa. Agora, de nada adiante falar, criticar, se não houver uma
proposta de solução. Na Casa Legislativa vale porque é restrito a
determinado público. Numa campanha é espacial e precisa ser convicente, o
eleitor achar que o candidato critica, mas vai resolver. Ou pelo menos
passar uma mensagem de convencimento nessa direção.
3. E aí é que está o X da questão. Saber traduzir essa realidade numa
coisa que seja entendida pelo público. ACM Neto fez bem isso na campanha
passada com citações ao helicóptero usado pelo governador. Exemplos
outros além do helicóptero não faltam a oposição e Geddel Vieira Lima, o
provável candidato da unidade, já vem fazendo isso na propaganda
eleitoral do PMDB na TV em comparativos da gestão Bahia com outros
estados.
4. Outros casos de ineficiência do governo são notórios, nem precisa
listar aqui. Mas, também, há coisas boas e caberá ao candidato
governista fazer esse contra-ponto, propositivo e não ficar na defensiva
como o governo fica no plenário da Assembleia, via de regra.
5. Se a crise se aprofundar, tanto melhor para a oposição. O fato em
sí, já existe. Até agora, estamos chegando setembro, não há uma luz no
fundo do túnel. O estado é mastodônico, pesado, difícil de ser
administrado. E, quando a vaca vai pro brejo ou chega perto disso fica
ainda mais complicado colocá-la em terreno firme. Demora.
6. A alta do dólar assusta porque atormenta os indicadores da inflação
e o estado caminha junto da União, ainda mais a
Bahoia, onde 90% das obras são federais. É de se dizer, também, que a
presidente Dilma precisa fazer a sua parte e ser mais política com o
Congresso Nacional. Lição que vale ademais para Wagner. Há muita
insatisfação em sua base parlamentar. Fica todo mundo de muxoxo. Mas, em
ano eleitoral, esse pessoal sai do casulo e cobra mais diretamente.
Quando não é atendido, muda de lado.
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