José
Ferreira de Oliveira, conhecido como Zé de Tôtô, nasceu na comunidade
de Lagoa dos Umbus, pensando em desenvolver a comunidade, há alguns anos
ele doou uma área de terra para que o então prefeito José Edilson
construísse um prédio escolar.
A escola funcionou por vários anos, mas
como muitas outras no município, teve que ser desativada , segundo
informações por não atingir o limite mínimo de 15 alunos. Com
78 anos, o senhor José Ferreira lamente a desativação da escola, e diz
que além de ver a escola fechada, a tristeza é maior porque sequer foi
procurado pelo prefeito ou secretária para informá-lo da situação.
No ano anterior a Escola Municipal Antonio
Ferreira de Oliveira, funcionou com 19 alunos cursando o 3ª ano, destes
apenas 6 passaram, restando só 13 estudantes, conforme nos disse a
ex-professora da comunidade, senhora Cleide, que depois da desativação
vai dar aulas numa escola da sede do município.
Mãe de um menino de 10 anos, dona Ângela
disse que fica preocupada em ver o filho sair de ônibus da comunidade
para ir até a sua nova escola, que fica no Bairro de Santa Rosa; “no
primeiro dia eu fui com ele, e viu o risco que correm, pois o motoristas
para o ônibus de uma lada da pista e os alunos tem que atravessar, por
isso fico sempre preocupada”. A mãe nos contou que nesta quinta-feira o
seu filho chegou em casa reclamando que apanhou durante o trajeto.
“Tem menino aí que quer mesmo é andar de
ônibus pra lá e pra cá, vão pra cidade e nem se interessam pelos
estudos” disse o senhor.
Chateado com a situação o senhor Zé de
Tôtô, resolveu cercar uma área de sua propriedade que ele mesmo tinha
aberto na esperança de que fosse construída uma Praça e uma quadra de
esporte; “se já tão fechando a escola , sei que não vão fazer nada por
nosso região, fico com medo de passarmos até a pertencer a Serrinha”
disse. No espaço que estava aberto crianças improvisaram um campinho de
futebol onde brincam sempre.
Quando funcionava a escola tinha aulas em
apenas um turno, e atendia não apenas aos alunos da comunidade, lá
estudavam crianças vindo da Ipoeira, e até da Malhada Redonda, região de
Serrinha.
Esta não é a única escola desativada no
município, em comunidades como Lagoa Redonda, e até mesmo o Bairro do
Cedro as escolas já não funcionam desde o ano passado, pelo que
percebemos o que mais revoltou os moradores foi à falta de comunicação,
eles alegam que não foram comunicados da decisão, nem mesmo o senhor que
doou o terreno para a construção do prédio que agora servirá apenas de
morada para os pardais, como narrou à senhora Marizete.
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