A cultura popular no Carnaval tem os
adereços em colares
Foto: BJÁ
Naravilha essas duas jovens. Bem jovens e bonitas.
Poderia brincar o Carnaval. Estão na idade propícia à festa. Elas, no
entanto, passam os dias do Carnaval vendendo colares.
E alguém compra colares?- Claro, diz-me uma delas. É um enfeite que tanto fica bem numa mulher; quanto num homem. Muita gente compra.
Insisto admirado! E quem faz esses colares.
- Ah! a gente compra pronto e também faz. É só comprar as continhas e botar a familia pra trabalhar. Dá trabalho, mas, com uma agulha grande pega-se várias contas numa vasilha.
E quanto custa? - pergunto.
- Tem de R$5,00 tem de R$10,00 tem de 3 por R$10,00. Varia. O preço é popular.
E essa sombrinha você traz é pra quê?
- Se chover eu uso. Quando o sol está muito quente também uso. A gente tem que ficar no meio da rua para que as pessoas nos vejam, daí que se ficar na sombra, não vende.
Colares! Ah! sim, os colares fazem parte da cultura popular da Bahia e os integrantes do bloco Filhos de Gandhy os usam para dar de presente as garotas em trocas de beijos.
A maioria não tem nada a ver com os colares do povo de santo, dos adeptos do candomblé, que tem todo um ritual de uso e preceitos.
Mas, no Carnaval, aproveitando a deixa, muitos dizem que os colares são de Oxum, Oxalá e assim por diante.
As jovens não usam essa tática. No máximo dizem que são da Bahia e trabalham muito. Ficam 10 ou mais horas em pé com seus estandartes cheios de colares.
É a cultura popular da Bahia no Carnaval.
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