domingo, 7 de abril de 2013

Fonte Nova: torcedores mirins iniciam uma nova história

  Começava o primeiro semestre de 2010 e dava-se início à demolição da Fonte Nova. Primeiro, de forma mecânica, derrubando o anel inferior. Depois, no dia 29 de agosto, implodindo o anel superior.
Tudo ocorreu para que, no mesmo local, fosse erguido um novo estádio: a Arena Fonte Nova. Ali está nascendo uma nova história do futebol baiano. E hoje é o dia do primeiro grande momento dessa trajetória. A nova Fonte receberá o clássico Bahia e Vitória, às 16 horas.
A antiga Fonte Nova, a partir de agora vista definitivamente como elemento nostálgico na Bahia, representou 57 anos do futebol no Estado. Foi inaugurada em janeiro de 1951 e teve seu último jogo em novembro de 2007.
No local, torcedores hoje adultos, com muita história para contar, viveram as maiores emoções de suas vidas no esporte. Hoje, porém, existe uma molecada que ainda não tem ideia do que se trata a Fonte Nova.  Garotos que até já possuem time do coração e que nasceram junto com esta nova história que está surgindo na Bahia.
  Novos personagens -  Gustavo Spínola, por exemplo, já é tricolor.  Tudo influência da família, composta exclusivamente  de torcedores do Bahia. Ele nasceu em maio de 2010. Um mês depois, veio ao mundo João Miguel Maia. Sua mãe nem é afeita ao futebol. O pai, no entanto, fanático pelo esporte, se diz apenas simpatizante do Bahia.
O pequeno João Miguel, porém, já escolheu seu time. Ele é Vitória. Isso devido à influencia da família materna, em especial do avô e de um tio, que já o levou três vezes ao Barradão.
"Ele adora ir ao estádio e, em casa, dorme e acorda com a camisa do Vitória. Nem vou tentar fazê-lo virar Bahia. Já me acostumei com a ideia de meu filho ser rubro-negro", comenta o pai do garoto, Marcelo Maia.
"Meu filho vai curtir demais a nova Fonte. Pretendo, no futuro, levá-lo lá algumas vezes para assistir a jogos do Bahia. Quanto aos do Vitória, o tio que leve (risos). E sei que vai levar muito!  Além disso, ele adora jogar futebol. Mesmo aos dois anos, já tem fundamentos bons. Talvez vire jogador profissional. E, mesmo no Vitória, sonho em vê-lo marcar um monte de gols na Fonte Nova", emenda Marcelo.
No lado tricolor, é bom dizer, os desejos são semelhantes. "Há pouco mais de um ano, meu filho ouviu o hino do Bahia em um DVD e cantou um pedaço. Foi uma grande alegria em casa. Desde então, esta é uma de nossas curtições nas reuniões familiares: colocar o hino para ele cantar. Ela já diz que é Bahia. E, assim como eu no antigo estádio, ela ainda vai ter muitas alegrias na Fonte Nova", afirma Pablo Spínola, pai de Gustavo.
"Eu pretendo levar meu filho ao estádio ainda neste ano. Será o início das alegrias dele na Fonte.  E, no futuro, cada um de nós terá suas histórias para contar. Nem pior, nem melhor. Apenas diferentes. As minhas, em boa parte, já foram escritas no antigo estádio. As dele começam a ser escritas agora, na nova arena", comenta Pablo.
Que a Arena Fonte Nova venha para representar e engrandecer não apenas 57, mas sim 570 ou quem sabe até 5.700 anos de histórias e emoções no futebol da Bahia.

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