Usuária de crack se definhou em fotos tiradas dos 29 aos 37 anos - Fotos tiradas por ocasiaõ de suas prisões |
O
crack surgiu nos Estados Unidos na década de 1980 em bairros pobres de
Nova Iorque, Los Angeles e Miami. O baixo preço da droga e a
possibilidade de fabricação caseira atraíram consumidores que não podiam
comprar cocaína refinada, mais cara e, por isso, de difícil acesso. Aos
jovens atraídos pelo custo da droga juntaram-se usuários de cocaína
injetável, que viram no crack uma opção com efeitos igualmente intensos,
porém sem risco de contaminação pelo vírus da Aids, que se tornou
epidemia na época.
No
Brasil, a droga chegou no início da década de 1990 e se disseminou
inicialmente em São Paulo. “O consumo do crack se alastrou no País por
ser uma droga de custo mais baixo que o cloridrato de coca, a cocaína
refinada (em pó). Para produzir o crack, os traficantes utilizam menos
produtos químicos para fabricação, o que a torna mais barata", explica
Oslain Santana, delegado da Polícia Federal e coordenador geral da
Polícia de Repressão a Entorpecentes.
Segundo
estudo dos pesquisadores Solange Nappo e Lúcio Garcia de Oliveira, ambos
da Universidade Federal de são Paulo (Unifesp), o primeiro relato do
uso do crack em São Paulo aconteceu em 1989. Dois anos depois, em 1991,
houve a primeira apreensão da droga, que avançou rapidamente: de 204
registros de apreensões em 1993 para 1.906 casos em 1995. Para
popularizar o crack e aquecer as vendas, os traficantes esgotavam as
reservas de outras drogas nos pontos de distribuição, disponibilizando
apenas as pedras. Logo, diante da falta de alternativas, os usuários
foram obrigados a optar e aderir ao uso.
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