Após um longo período de estiagem, a chuva voltou a cair, nesta
quarta-feira, 17, em Salvador e diversas regiões da Bahia. Segundo dados
do site Climatempo, foram registrados 15 mm de chuva na capital baiana.
"As pessoas reclamavam que ainda não tinha chovido na capital, mas as
chuvas começam de verdade agora", afirma Cláudia Valéria, meteorologista
do Inmet.
No ano passado, de acordo com o Inmet
(Instituto Nacional de Meteorologia), choveu quase 50 mm em todo o mês
de abril, bem pouco levando-se em consideração a média do período, que é
de 326 mm.
Segundo o Inmet, o mês de abril deste ano será diferente e deve chover
forte até o fim da semana, dando início a um período chuvoso que poderá
se estender até junho.
Por conta desse período, a Codesal (Comissão de Defesa Civil do
Salvador) deu início à Operação Chuva. O objetivo é evitar acidentes e
minimizar os estragos provenientes das chuvas fortes.
Como parte do trabalho de prevenção, o
órgão vem realizando a colocação de lonas em diversas encostas, a fim de
evitar o escorregamento de terras.
Até o último dia 10, foram instalados 11.620 metros de lona em 75 áreas
de risco. E mais 121 encostas serão contempladas. De acordo com Álvaro
da Silveira Filho, diretor-geral da Codesal, a Defesa Civil tem registro
de cerca de 700 locais de risco, localizados, principalmente, nos
bairros de Plataforma, São Marcos, Pau da Lima, Sussuarana e Tancredo
Neves, de onde parte a maioria das ocorrências.
Codesal - Até as 17h de quarta,
a Defesa Civil havia recebido 15 solicitações de emergência. Foram três
alagamentos de área, um alagamento de imóvel, duas ameaças de
desabamento de imóvel, quatro ameaças de deslizamento de terra, três
deslizamentos de terra e duas orientações técnicas. Não houve registro
de feridos.
Uma das solicitações partiu do Condomínio Village Jardim, no Imbuí. As
casas foram tomadas pela lama, que, segundo os moradores, desceu das
obras do Condomínio Torre Madri, da Iberkon Construtora, localizado
atrás do Village Jardim.
Ao lado do village, no Edifício Beija-Flor, parte do muro da garagem
cedeu. Ninguém ficou ferido. Os moradores também acreditam que o
acidente está relacionado com a obra, em atividade há cerca de 6 meses.
Técnicos da Codesal foram ao local e notificaram a construtora. O órgão
solicitou, ainda, a recuperação da parede da garagem atingida. Também
vai ser encaminhado um ofício para a Sucom (Superintendência de
Conservação e Uso do Solo do município) para que técnicos avaliem a
construção do Torre Madri.
Interior - Se a chuva trouxe
transtornos para a capital, para o interior levou esperança a quem vem
sofrendo com a seca.
Um dia após anunciar racionamento de água, a Ilha de Itaparica, na
Grande Salvador, registrou índice pluviométrico de 15 mm. Segundo
Ariosvaldo Gama, gerente da Embasa em Itaparica, o volume não foi
suficiente para alterar a capacidade da Barragem de Tapera, que abastece
26 localidades da ilha e mais um distrito do município de Jaguaripe.
"O problema é que choveu na área da barragem, mas não na cabeceira do
rio que abastece o reservatório", esclarece.
Em Barreiras, oeste da Bahia, o índice pluviométrico foi de cerca de 35
mm. A microrregião de Irecê, na Chapada, registrou média de 20 mm. No
centro-sul, Vitória da Conquista teve índice pluviométrico de 12 mm.
Ilhéus, localizada no sul, obteve uma média de 30 mm de chuva.
No Semiárido baiano, a região que mais sofre com a estiagem prolongada,
Senhor do Bonfim registrou 88 mm de chuva, uma média bastante
significativa.
"Choveu isoladamente em alguns pontos do Semiárido, mas, pelo menos por
enquanto, a chuva não será suficiente para resolver o problema da
agricultura e da pecuária". A Tarde
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