Em tarde da "caxirola",
torcida rubro-negra comemora triunfo no segundo Ba-Vi da Arena Fonte
Nova. Simbolicamente, vencer o Bahia por 2 a 1 na tarde deste domingo, 28, na
Arena Fonte Nova, teve sabor inestimável para o Vitória: além de
contabilizar mais um triunfo na história do clássico, o rubro-negro
agora ostenta uma invencibilidade de dois anos sobre o seu maior rival. Mas o Leão não pôde comemorar o triunfo por completo: a Juazeirense
venceu o Juazeiro por 1 a 0 e se manteve na liderança do Grupo 3 do
Campeonato Baiano. O Vitória disputará a semifinal contra o Cancão de
Fogo em desvantagem. Derrotados na rodada, o Juá e o Esquadrão também permaneceram com
antes: o time do interior confirmou a liderança do Grupo 2, com dez
pontos, e o Bahia, com oito pontos, avançou em segundo lugar.
Num jogo com tempos distintos, o Leão foi soberano na primeira etapa e
construiu logo a sua vantagem: Michel abriu o placar, aos 20 minutos, e
Mansur fez o segundo tento, aos 32. Na segunda etapa, o Bahia pressionou
e conseguiu diminuir. Gol de Titi, aos seis minutos.
A Federação Bahiana de Futebol ainda divulgará as datas das partidas,
mas a dupla Ba-Vi já começa a brigar por vagas na final do Baianão no
meio da semana: o Vitória receberá a Juazeirense no Barradão e o Bahia
receberá o Juazeiro na Arena Fonte Nova.
Força rubro-negra - Ao contrário do Bahia, o Vitória
encarnou o espírito do Ba-Vi no primeiro tempo. Ressentido apenas da
falta do volante Luís Alberto, vetado para a partida, o rubro-negro
entrou com Cáres e se impôs sobre o tricolor, que não teve Danny Morais,
suspenso, e nem Zé Roberto, vetado para a partida.
Joel Santana até lançou mão de Anderson Talisca e de Ryder para tornar o
Bahia mais ofensivo, mas, sem Diones e sem Hélder, abriu mão do
cinturão defensivo que, apesar das suas limitações técnicas, serve de
sustentáculo para o avanço dos laterais e para as demais jogadas de
ataque.
O Vitória arrancou suspiros da sua torcida logo aos quatro minutos: em
chute forte, Renato Cajá carimbou a trave de Lomba em cobrança de falta.
Aos 14, Ryder fez boa jogada individual e arriscou chute, mas mandou ao
lado do gol. Aos 20, Victor Ramos aproveitou cobrança de escanteio e
mandou a bola no poste direito da meta tricolor. Na sobra, Michel girou
sobre sem marcação e estufou as redes. 1 a 0.
Aos 31, Talisca cobrou falta e tirou tinta da trave rubro-negra. No
minuto seguinte, o Leão marcou um golaço: de calcanhar, Biancucchi
serviu Mansur na grande área. O ala apenas tocou para o gol de Lomba. 2 a
0. Aos 33, Magal recebeu lançamento na área e foi derrubado por Gabriel
Paulista, mas Jaílson Macêdo Freitas negou a marcação do pênalti. O 2 a
0 parecia antecipar mais uma tarde de goleada. Mas só parecia.
Bahia pressiona - Joel Santana fez uma única alteração
na volta para o segundo tempo: tirou Obina e colocou o estreante
Fernandão em seu lugar. Embora o desenho tático tenha sido o mesmo, o
que mudou no Bahia foi o espírito. O tricolor partiu para cima do
Vitória e mudou o panorama da partida.
Já o time de Caio Júnior recuou nos primeiros minutos e passou todo o
segundo tempo sem a mesma pegada com que jogara a primeira etapa. O
rubro-negro também criou pouco e apenas logrou êxito na tarefa de evitar
o empate tricolor.
O Esquadrão chegou ao gol logo aos seis minutos: pelo lado direito,
Anderson Talisca cobrou falta na área e Titi se antecipou a Deola para
desviar de cabeça e diminuir para o Bahia. 2 a 1 e jogo novamente
incendiado.
Aos nove minutos, Gabriel Paulista, livre na área, teve a chance de
fazer o terceiro, mas chutou fraco e Lomba segurou. Aos 35, Giancarlo
recebeu cruzamento e finalizou de cabeça, mas Lomba ficou com a bola. O
Bahia investiu na bola aérea, mas parou na defesa rubro-negra. O
tricolor segue sem vencer na Arena e o Vitória começa a dar mostras de
que o seu time tende a amadurecer.
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