A partir
do mês de junho, quando acontecem os jogos da Copa das Confederações e Salvador
abrigará algumas partidas, estão proibidas a realização de festas na cidade. A situação chegou ao conhecimento da
Tribuna da Bahia por intermédio de dois moradores – um planejava realizar uma
festa junina no bairro do Barbalho e o segundo em Periperi – as festas tiveram
as licenças negadas pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do
Solo, Sucom, por conta de uma ordem da Fifa.
A TB
entrou em contato com a assessoria do órgão municipal que confirmou a suspensão
de eventos na cidade no mês de junho. “A
Prefeitura de Salvador irá publicar um decreto dando maiores detalhes, mas a
orientação é não liberar eventos na cidade em junho”, alega.
A Tribuna
entrou em contato com a Assessoria Geral de Comunicação, Agecom, e teve como
informação que isso faz parte de um acordo firmado entre a Fifa, o governo
federal e ascidades sedes dos jogos. “O governo brasileiro assinou o acordo com a
entidade e tem que aceitar as regras. Foi assim nos Estados Unidos e na África
do Sul. Nos circuitos oficiais como Avenida Paralela, Avenida Bonocô, Orla,
Dique do Tororó, Vitória, Ribeira, dentre outros pontos da cidade terão que
exibir toda a comunicação visual com os patrocinadores da Copa. A Sucom deverá
apreender quem estiver desrespeitando as regras”, alerta a assessoria.
Celeuma - Não é a primeira vez que ocorre
episódios emblemáticos envolvendo a Fifa. A entidade havia proibido a
comercialização de acarajés no entorno do estádio. A regra da Fifa recomendava
o afastamento desse tipo de comércio num perímetro de até dois quilômetros das
praças de jogos.
A atitude
foi tomada porque o acarajé não deveria ser concorrente aos hambúrgueres
produzidos pela rede McDonald’s, patrocinadora oficial da Fifa. Aparentemente a
entidade teria voltado atrás e liberado a comercialização do bolinho, que é
tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Iphan,
como patrimônio imaterial.
Escritório
da Copa se manifesta
A Tribuna
da Bahia entrou em contato com o Escritório da Copa, Ecopa, que disse
desconhecer a informação de restrição a eventos na cidade durante o mês de
junho. “Cada evento é analisado individualmente pelos órgãos competentes e a
sua aprovação leva em conta todas as condições necessárias, de acordo com a
regulamentação vigente. Não há nenhum impedimento em relação à realização de
eventos na cidade. Pelo contrario, tanto a Prefeitura, quanto o Governo de
Estado estão elaborando uma ampla programação de eventos que oportunamente será
divulgada, para que todo o cidadão soteropolitano possa ter lazer, cultura e entretenimento
durante a realização dos jogos em nossa cidade”, informou a nota da assessoria
da Ecopa.
Questionada
se a Fifa teria “alugado” a cidade, a Ecopa se manifestou. “Salvador, bem como
todas as cidades-sede, tem recebido investimentos em diversas áreas
(infraestrutura, requalificação de espaços urbanos, mobilidade, segurança,
capacitação de mão de obra, saúde, equipamentos públicos, cultura, turismo), o
que tem dinamizado a sua economia, através da geração de emprego e renda para
os mais variados setores, trazendo benefícios para toda a população. Tudo isso
vem gerando oportunidades que impulsionam o desenvolvimento da cidade e elas
estão acontecendo justamente por conta da realização dos jogos. Uma vez bem
sucedidos, Salvador poderá se posicionar cada vez mais como uma cidade apta a
receber novos eventos em inúmeras áreas”, sinaliza e acrescenta: “Salvador está
cumprindo rigorosamente o que determina a Lei Geral da Copa (Lei Federal nº.
12.663/12), no sentido de garantir a realização de todas as atividades
previstas com pleno êxito. Assim, estamos trabalhando intensamente para que a
capital baiana se torne uma cidade cada vez melhor e seja ainda mais desfrutada
por todos os soteropolitanos”.
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