segunda-feira, 8 de abril de 2013

VITÓRIA DÁ PASSEIO no BAHIA no batismo da FONTE, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

A goleada ( 5 x 1 ) foi resultado de uma superioridade indiscutível. Técnica, física, individual e coletiva. E mais ainda na vontade de jogar, de ganhar.
Jogadores do Vitória comemoram resultado inquestionável
Foto: Ricardo Matsukawa
  Histórico nos dois sentidos. Para o torcedor do Vitória, uma goleada histórica, inesquecível, batizando o novo estádio, com o país inteiro de olho no clássico e na festa. Para o torcedor tricolor, um resultado humilhante, vergonhoso, uma nódoa inapagável na história do Bahia. É uma derrota que exige mudanças de rumos lá pelas bandas de Itinga. E da Ribeira também. O coração tricolor restou em pandarecos. E boa parte da torcida saiu culpando as gestões dos Guimarães ( os ‘Marcelos’ pai e filho) 
Não há o que discutir. A goleada ( 5 x 1 ) foi resultado de uma superioridade indiscutível. Técnica, física, individual e coletiva. E mais ainda na vontade de jogar, de ganhar.  Vamos ao jogo: Foi uma primeira etapa fraca tecnicamente, de um futebol indigno da qualidade do gramado, do equipamento, da torcida. Chutões, faltas seguidas, muita catimba, presepadas de lado e lado e pouca troca de passes, de bola no chão, de bola jogada, nada. O Vitória se deu melhor com a lambança.  O Bahia até começou melhor, em cima.  Aos 3 minutos Obina enfiou pelo lado esquerdo para Adriano que bateu rasteiro mas Deola evitou o gol no rodapé esquerdo, com a ponta dos dedos.   Aos 6’, Marquinhos entrou em velocidade nas costas da zaga, pelo lado esquerdo, e bateu forte mas Deola mais uma vez defendeu bem.  Aos 8 ‘, o Vitória ameaçou com Dinei arriscando de longe e errando o alvo.  A partida foi ficando ríspida, nervosa e mais equilibrada, com o ataque rubronegro explorando as deficiências  evidentes da defensiva tricolor.  Aos 31’, Maxi levou a zaga adversária na velocidade pela direita e bateu cruzado, rasteiro; por pouco Escudero não fez.   O primeiro gol, histórico, na Nova Arena da Fonte, saiu aos 41’, após a marcação de uma penalidade máxima que teria sido cometida pelo lateral direito Neto no lateral esquerdo Mansur que penetrava em velocidade. Uma infração tola e discutível, mas o meia Renato Cajá nem quis saber, deslocou Lomba, fez 1 x 0 e comemorou com a galera, escreveu seu nome na história do futebol baiano para sempre.  CAJá!  A segunda etapa foi toda vermelha e preta, um show, um passeio de bola do início ao fim em campo e uma festa nas arquibancadas. Taticamente o Vitória foi absoluto. Logo no primeiro minuto o Vitória chegou pela direita, a bola foi cruzada, a defesa olhou mas Escudero não acertou o chute de frente. Aos 5’ o argentino Maxi Biancucchi se aproveitou de mais um erro de saída de bola e, pelo lado esquerdo, de fora da área bateu por cobertura, com classe, encobrindo o goleiro Lomba que, mais uma vez mal colocado, só espiou.  2 x 0 , golaço! 
Na sequência, aos 6 minutos, Obina fez uma boa jogada individual dentro da área rubronegra e bateu no canto, mas o bandeira viu impedimento (que não existiu) e o árbitro anulou o gol.  Aos 13’ o ataque  do Vitória arquitetou uma bela tabela pelo lado esquerdo, envolvendo Nato e Dani Moraes, e o armador Michel entrou de cara e fez 3 x 0.
O Bahia até diminuiu, depois de uma boa penetração de Magal pela esquerda; recebeu longo de Talisca, foi à linha de fundo e cruzou para Zé Roberto completar e fazer 3 x 1. Nem deu para  esboçar uma reação, pois dois minutos depois, aos 23’, Vander e Marquinho (que tinham acabado de entrar em campo) puxaram um contragolpe em velocidade e a defesa do Bahia só apreciou: 4 x 1, Vander, matando a reação tricolor.  Escudero fechou o caixão completando cruzamento de Marquinho, por volta dos 40’, 5 x 1 – enlouquecendo as arquibancadas. 
Destaque para Maxi, Escudero, Cajá, Michel, Luis Alberto e, claro, o treinador Caio Jr que engoliu taticamente o time de Jorginho, na segunda etapa. Contragolpes, velocidade, jogadas pelas laterais, boas substituições.  Objetividade, sobretudo. 
Do lado do Bahia, tudo errado.  Jorginho criou problemas com Souza e com a equipe, durante a semana, deixou o atacante fora do jogo e criou um clima  ruim que se refletiu em campo.  Não teve leitura do jogo na segunda etapa e levou um chocolate tático.  Tinha um buraco entre Neto e  Dani Moraes (sem a escalação de Diones, que atua daquele lado), mas o treinador não corrigiu. O time  não tem saída de bola, os laterais presos,. O meio campo não troca passes, a equipe não cria jogadas de fundo, chuta pouco. 
É impressionante como alguns bons jogadores : Neto, Titi, Fahel e o próprio Lomba  caíram de produção. Comprometedor.     
O treinador Jorginho entregou o cargo, ainda nos vestiários.  A derrota vergonhosa e histórica o derrubou. Feio ! Não tinha mais clima para continuar.  Já vai tarde.

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