Aos pouquíssimos interlocutores com os quais conversa sobre a sua sucessão, Wagner já teria insinuado que sua primeira opção é Rui.A disputa por 2014 tornou-se a pauta principal da base aliada no Estado. Além da clara manifestação dos aliados em disputar o pleito, nova versão que circula no Palácio de Ondina deixa claro que as costuras em torno do assunto começam a preocupar o governador Jaques Wagner (PT). Informações dão conta de que ele, projetando vitória nas urnas, reduziu ainda mais o número de postulantes que poderiam emergir do PT.
De uma lista inicial de cinco nomes, restariam apenas dois: o chefe
da Casa Civil, Rui Costa, que até as árvores de Ondina sabem ser o
preferido do governador, e o senador Walter Pinheiro. Teriam deixado de
fazer parte dos planos pessoais de Wagner, ainda não se sabe porque
motivo, o secretário José Sérgio Gabrielli (Planejamento), o ex-prefeito
Luiz Caetano e a ex-prefeita Moema Gramacho, embora eles tenham todo o
direito – se quiserem – de pleitear a vaga de candidato a governador no
PT. A “queda” de opções no partido de Wagner, conforme publicado pela
Tribuna, coincidiria com o surgimento de aliados com potencial para a
disputa fora do PT. Seriam o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT), cuja
comprovada fidelidade a Wagner está garantindo sua reeleição à
presidência da Assembleia e poderia assegurar-lhe, segundo se comenta,
postos mais altos na hierarquia do poder estadual e o vice-governador
Otto Alencar (PSD), secretário estadual de Infraestrutura, a quem o
governador teria se apegado politicamente, motivo porque pensaria em
planos igualmente mais elevados para ele. Aos pouquíssimos interlocutores com os quais conversa sobre a sua
sucessão, Wagner já teria insinuado que sua primeira opção é Rui. Ele
vai tentar fazer o chefe da Casa Civil e amigo pessoal governador se
tiver política e eleitoralmente forte no último ano de governo. Pinheiro seria o segundo da lista. E Nilo e Otto viriam em seguida,
não necessariamente nesta ordem. Quem, no campo governista, tiver planos
de concorrer ao governo e se viabilizar não sofrerá objeções por parte
de Wagner. É o caso da senadora Lídice da Mata (PSB), que já colocou a
cabeça para fora. De certo, por enquanto, está a determinação de Wagner
de não falar tão cedo sobre o assunto de forma pública. Enquanto isso, Lídice em conversa com a reportagem afirmou que o seu
partido permanece com o desejo de disputar o governo baiano. Apesar de
rejeitar qualquer especulação em torno do assunto por considerar ainda
cedo as conversas sobre 2014, a líder socialista frisou que o governador
Jaques Wagner (PT) tem ciência do anseio do partido. Nas entrelinhas, a
senadora indicou que não se pode precipitar nas conclusões políticas,
ainda mais antes do carnaval. Segundo ela, o ano político só começa
depois da festa momesca. “O PSB como qualquer outro tem o desejo de ter candidatura própria ao
governo. Isso é natural e o governador sabe disso. Não há nada de novo
nessa questão”, disse. Lídice minimizou, entretanto o rumor referente ao
PSB nacional para 2014, que teria Campos como um dos grandes nomes
citados numa aliança com a liderança da oposição no país, o senador
Aécio Neves (PSDB-MG). “Nada de novo mais uma vez. Eduardo Campos já deu
a declaração dele (de união ao projeto Dilma)”, afirmou. O PDT não perdeu tempo e com a presença de Carlos Lupi oficializou o
nome de Nilo. Ainda que de forma discreta, o PSD, segundo maior partido
da base, também já se movimenta. No próximo dia 26, o presidente
nacional da legenda, Gilberto Kassab desembarca em solos soteropolitanos
com o objetivo de se encontrar com Otto e o governador. Otto nega que as conversas sobre as eleições de 2014 estejam na
pauta. Segundo ele, a discussão deve girar em torno da política nacional
e da participação do PSD baiano na mesa diretora da Câmara dos
Deputados, em Brasília.
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