A senadora Lídice
da Mata (PSB) revelou hoje que seu partido vai disputar a sucessão do
governador Jaques Wagner (PT), em 2014. É a primeira aliada de Wagner,
com potencial político para engajar-se de verdade na disputa, a
manifestar publicamente o desejo de concorrer internamente com o PT no
campo governista pelo direito de suceder o governador. Ainda faltam dois
anos para as eleições, mas a expectativa é de que outros nomes, também
do campo aliado, façam o mesmo, à medida que o tempo avance e a
discussão sobre a sucessão estadual se intensifique. O processo é
esperado porque o PT não tem mais candidato natural, mantendo de uma
lista inicial de cinco, conforme revelação mais recente do próprio
Wagner, três nomes à sua sucessão – o do secretário estadual de
Planejamento, José Sérgio Gabrielli, o do senador Walter Pinheiro e do
seu chefe da Casa Civil, Rui Costa. Por enquanto, eles são apenas
prospectos de um mesmo partido cuja prevalência sobre os aliados
dependerá de inúmeros fatores, entre os quais a maneira como o
governador vai finalizar seu mandato. Por este motivo, os petistas sabem
que não devem menosprezar o interesse de Lídice em virar governadora. À
espera da sua hora, ela não criou qualquer dificuldade para o PT na
sucessão municipal de Salvador – pelo contrário, chegou a aparecer na TV
pagando o mico de defender a esdrúxula tese do alinhamento em apoio ao
petista Nelson Pelegrino, iniciativa pela qual deve estar pagando seu
preço – e poderá concorrer ao governo sem ter de se licenciar do Senado,
onde seu mandato só terminará em 2018. Ademais, terá apoio total do PSB
nacional para a empreitada, já que o mais provável é que o presidente
nacional da agremiação, Eduardo Campos, o festejado governador de
Pernambuco, prefira, neste momento, fortalecer o partido nos Estados do
que lançar-se à sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT), da qual pode
virar até vice em 2014.
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