Estima-se que entre 350 mil a 400 mil pessoas participaram da festa sem pé nem cabeça, cada qual fazendo o que quis
Belíssima baiana durante cortejo da
Lavagem do Bonfim
Foto: BJÁ
Estima-se que entre 350 mil a 400 mil pessoas
entre baianos (a maioria absoluta) e turistas (pouquíssimo estrangeiros)
participaram nesta quinta-feira de Oxóssi da procissão que resulta na
lavagem do adro da Basílica de Nosso Senhor do Bonfim, na cidade-baixa
de Salvador. Foi uma das mais fracas dos últimos anos e muito desorganizada, a ponto
de ninguém saber onde se encontrava o grupo dos bicicleteiros, os
cavaleiros, as baianas que acompanham o grupo das autoridades e uma
quantidade enorme de entidades de classe que, à exemplo do que acontece
no 2 sw Julho, também descobriu a lavagem como palco para expor suas
reivindicações.
A população que assiste e participa do evento com entusiasmo profano
ou com algum sentimento de fé não dá a mínima atenção a essas entidades
que, no fundo falam para si mesmos.Perguntamos a algumas pessoas se
estavam interessas nos problemas da Assufba, do Sindsefaz, do servidores
federais e assim por diante e ninguém entendia sequer o que se passava
com aqueles cartazes.
Os partidos políticos também invadiram a festa com balões e seus
dirigentes a frente de blocos - como acontece no 2 de Julho - mas, de
fato, o público só se interessa mais em ver o governador, desta feita
Otto Alencar, o gov em exercício, e o prefeito da cidade, ACM Neto, o
qual foi o mais cortejado embora estivesse cercado por uma quantidade
enorme de seguranças, quase nem se enxergava o chefe do executivo. Os grupos das principais autoridades, governador e prefeito, seguiram o
cortejo separados. Mas, nem mesmo Otto Alencar, nem ACM Neto
conseguiram juntar em torno de si seus partidos de forma mais compacta.
Foi uma espécie de salve-se quem puder, ou apareça quem for possível.
O PMDB levou a maior estrutura com balões, bandas e o presidente Lúcio
Vieira Lima bastante animado. O PT estava disperso e Nelson Pelegrino
seguia com um pequeno grupo com Maria Del Carmen. O PTB de Edvaldo Brito
apressou o passo e praticamente puxou o corte. O PSB de Lídice,
pequenino. O PTB de Brush carrancudo.
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