O corpo de Dona Canô, matriarca da família Velloso,
foi enterrado na manhã desta quarta-feira (26) no cemitério da cidade de
Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano. O sepultamento foi acompanhado por familiares,
amigos e moradores do município que foram se despedir da 'mãe dos
santo-amarenses'. O corpo seguiu em cortejo após a missa de corpo
presente realizada durante a manhã na Igreja da Matriz na Praça da
Purificação. Amigos, familiares e milhares de pessoas estiveram na
igreja para participar do velório. Uma
pista da avenida Viana Bandeira, onde a família vive, foi interditada
pela Polícia Militar durante o traslado do corpo, que aconteceu depois
de nove horas de velório fechado na casa da família. O
caixão com o corpo de Dona Canô foi colocado em um carro funerário sob o
aplauso de cerca de 500 pessoas que velavam em frente à casa da
família. Caetano Veloso e Maria Bethânia ajudaram a carregar o caixão. A
estimativa da Polícia Militar é de que 3 mil pessoas acompanharam o
carro até a chegada ao memorial. Os sinos da igreja de Nossa Senhora da
Purificação foram tocados no momento da chegada do corpo, quando Dona
Canô foi novamente aplaudida. O
cantor Caetano Veloso, que viajou de madrugada para Salvador para ficar
com os filhos, voltou para Santo Amaro no final da tarde para acompanhar
o velório da mãe. Todos os filhos de Dona Canô passaram o Natal ao lado
dela. Ele entrou em casa pelo portão dos fundos. Amigos da família
levaram quadros da casa para decorar o memorial. A
ialorixá de Gantois mãe Carmen de Oliveira também está na cidade para o
velório. "Sempre que a gente se encontrava, a pergunta era inevitável:
quem vai (morrer) primeiro? Tenho certeza que Olorum guarda um lugar
especial para ela no céu", declarou ao Uol.
Luto
oficial - O
governador Jaques Wagner decretou luto oficial de três dias na Bahia por
conta da perda. Em nota, Wagner destacou "a força, doçura e coragem" de
Dona Canô. O prefeito de Santo Amaro, Ricardo Machado, também decretou
luto oficial na cidade pelo mesmo período. Dona
Canô morreu na manhã desta terça-feira (25) de parada cardíaca, dez dias
depois de sofrer uma isquemia cerebral. Ela chegou a ser internada no
Hospital São Rafael, na capital baiana, mas recebeu alta na sexta e
passou a contar com cuidados domiciliares. "Ela queria ir embora do
hospital, ela pediu. Disse que queria morrer em Santo Amaro, na casa
dela. Não teve dor e isso foi muito bom", disse a filha Maria Clara.
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