O Juiz Plantonista do Tribunal
Regional Eleitoral do Estado da Bahia (TER/BA), Cássio Miranda,
indeferiu na noite de quarta-feira (26) o registro de diplomação da
prefeita de Pojuca, Gerusa Laudano (PSD), que foi reeleita com 4.880
votos na eleição do dia 7 de outubro. Com a decisão, Gerusa perde o
mandato no próximo dia 31 de dezembro. Segundo o presidente da Câmara de
Vereadores de Pojuca, Edmar Cordara (PDT), a decisão do magistrado
reflete a vontade dos moradores do município. “Desde que a população
recebeu a notícia de que ela (Gerusa) seria a prefeita por mais quatro
anos a mobilização foi intensa em toda a cidade. Manifestações
contrarias a diplomação foram organizadas e recebemos felizes a
informação de que ela não comandará mais Pojuca”. Edmar explica que o novo prefeito
da cidade será conhecido no dia 1º de janeiro. “Segundo o regimento, os
13 vereadores terão que decidir em votação quem deverá assumir a
prefeitura até que a justiça determine o que será feito. Provavelmente
uma nova eleição”. O presidente garante que não irá
para a reeleição e portanto não deverá ser o novo prefeito da cidade.
“Eu não vou disputar, mas estou apoiando a vereadora que tem a maioria
dos 13 votos. Provavelmente ela será a nova prefeita e eu sendo o vice n
chapa dela continuarei sendo o presidente da Câmara”, conta Edmar. As duas chapas que disputam a
presidência da Câmara de Pojuca são formadas por Cristina (PDT) –
representa o candidato Dr. Toinho -, e Adriano De Biriba (PSD) –
representando Gerusa Ludano. De acordo com Edmar, Cristina tem o apoio
de oito vereadores e deverá ser eleita a nova prefeita da cidade.
Após a decisão ser divulgada na
noite de ontem os moradores da cidade foram às ruas comemorar. “Estamos
livres. O povo não quer ela mais mandando em nossa cidade. A festa foi
bonita e estamos orgulhosos de termos conseguido vencer essa batalha. A
união dos moradores fez toda a diferença e estamos aliviados”, comemora a
confeiteira Mária Gertrudes.
Manifestações –
Nesta quarta-feira (26), um grupo de moradores da Pojuca estiveram na
frente do Tribunal Regional Eleitoral (TER) e na Assembleia Legislativa
da Bahia (ALBA), para protestarem contra a diplomação de Gerusa Laudano.
A população solicitava aos parlamentares uma nova eleição na
cidade.“Queremos que seja aberto um novo processo de eleição para
prefeito na cidade, já que Gerusa Laudano teve menos de 50% dos votos
válidos, assim como foi feito em Camamu, seguindo o artigo 224 do código
eleitoral. Porque a lei não está sendo aplicada em Pojuca? Vamos
protestar na porta do TRE”, disse o presidente da Câmara do Município,
Edmar Cordara Farias (PDT). No último sábado (22), os
moradores se reuniram para protestar na BA-093, onde fica localizada a
praça do pedágio da concessionária Bahia Norte. Cerca de mil pessoas
queimaram pneus na pista e barraram a passagem dos veículos, causando
grande congestionamento na via. Desta vez, os pojucanos foram para a
Assembleia e chegaram a conversar com o presidente da Alba, Marcelo
Nilo.
O Tribunal Superior Eleitoral
tinha divulgado na tarde de sábado (22), as hipóteses que impedem a
diplomação de candidatos a prefeito poder ou não ser diplomados e tomar
posse a partir de 1º de janeiro de 2013. Segundo o órgão, as proposições
variam de acordo com o andamento de seus processos na Justiça Eleitoral
e o resultado do pleito. De acordo com a publicação, o
candidato que obteve mais de 50% dos votos válidos e concorreu com o
registro negado, com indeferimento mantido pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), não pode ser diplomado e, consequentemente, empossado.
Assim, um novo pleito, por meio das chamadas eleições suplementares,
terá de ser realizado. “A partir desta determinação do
TSE, entendemos que a diplomação da prefeita Gerusa Laudano, com apenas
20% dos votos, foi uma decisão arbitrária do juiz da comarca de Pojuca”,
complementou o presidente da Câmara do Município, Edmar Cordara.
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