terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Coité – Artista plástica lamenta ato de vandalisimo contra presépio montado em sua residência em Bandiaçú

A dona de casa narra o corrido com lágrimas nos olhos, pois mantém uma tradição de mais de 20 anos, justamente quando passou a perceber que estaria sendo extinta.

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Vândalos jogaram óleo queimado no presépio montado pelo casal Marilene Carneiro Mota e José Luiz German Morales e na decoração natalina da Praça do Distrito de Bandiaçu, município de Conceição do Coité. Os alvos principais foram ás peças montadas pela artista em sua residência, situada a Rua Teodoro Carneiro Mota,lado direito da BA 409, sentido Coité/Serrinha. Há 21 anos que a família Mota monta o presépio no mesmo local, próximo a cerca de arame farpado que separa o terreiro da casa com a estrada de acesso a Fazenda Lagoa Ferrada e ao longo dos longos anos é referencia no período natalino, pois simboliza o nascimento do menino Jesus, chamando atenção do público, em especial das crianças. Segundo Marilene, tudo é confeccionado com recursos próprios e o ato de vandalismo aconteceu na madrugada de sábado (22). Marilene Mota lamentou o corrido, disse que não desconfiava de ninguém que possa ter feito tamanho vandalismo e levantou a hipótese do ato ser motivado por divergência política, pois, amante das artes plásticas, havia sido excluída dos trabalhos de ornamentação das festas tradicionais da comunidade nas últimas duas gestões e na eleição de outubro apoiou o prefeito eleito Francisco de Assis (PT), contrariando as forças dominantes há décadas em Bandiaçú.
marilene - bandiaçu - 1”Este ano ajudei na ornamentação da Praça por solicitação de uma pessoa que também se preocupa com nossa comunidade e o fiz com recursos próprios. Além de jogarem óleo queimado no presépio da minha casa, fizeram também na praça”, lamentou Marilene, que ao lado do esposo José Luiz, recebeu a equipe do CN. Ela também lamentou que aos poucos, árvores de natal e bonecos de Papai Noel tomaram o lugar da representação do nascimento de Jesus nas residências. “Além de representar o nascimento de Jesus, na Lapinha, apreciamos o céu, as estrelas, a dança, animais, o futebol, ruas arborizadas cercado de casas iluminadas, postes e tudo que se pode imaginar”, concluiu a artista plástica. José Luiz, naturalizado brasileiro, pois nasceu no Uruguai, contou que recebe em sua residência grupo de pessoas que vão fotografar, perpetuando este momento, por ser a única “lapinha” tradicional existente na comunidade.
A tradição conta que assim que 
foi divulgado o nascimento de Jesus, todas as espécies formaram filas 
para visitar o filho enviado por Deus para salvar a humanidade.
A tradição conta que assim que foi divulgado o nascimento de Jesus, todas as espécies formaram filas para visitar o filho enviado por Deus para salvar a humanidade.
O presépio também conhecida por Lapinha é pouco encontrada nas residências, no passado as famílias e as igrejas católicas montavam uma réplica a base de areia, cactos, bonecos e animais plásticos é uma referência cristã que remete para o nascimento de Jesus numa gruta de Belém, na companhia de São José e da Santíssima Virgem Maria. Conta a Bíblia que, depois de muito tempo à procura de um lugar para albergar o casal, que se encontrava em viagem por motivo de recenseamento de toda a Galileia, São José e a Virgem Maria tiveram que pernoitar numa gruta ou cabana nas imediações de Belém. De acordo com a mesma fonte, Jesus nasceu numa manjedoura destinada a animais (no presépio, uma vaca e um burro) e foi reconhecido, no momento do nascimento, por pastores da região, avisados por um anjo, e, uns dois anos mais tarde, não na manjedoura, mas na casa de Jesus, por magos (ou reis ou astrólogos, a bíblia não diz se eram três) vindos do oriente, guiados por uma estrela, que teriam oferecido ouro, incenso e mirra à criança.
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