O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, teve a
concessão do título de cidadão baiano recusada na última sessão da
Assembleia Legislativa da Bahia, que votou a Lei Orçamentária do Estado e
um empréstimo de R$ 1,1 bilhão para o governo baiano, na quarta-feira,
26. O deputado Luciano Simões (PMDB) da bancada da oposição, que propôs a
homenagem pelos "relevantes serviços" que Barbosa prestou à nação, na
visão dele, ao ser o relator do caso do mensalão, responsabiliza a
bancada do PT pela recusa. O líder governista deputado Zé Neto (PT) negou qualquer boicote,
alegando que o nome de Barbosa não foi incluído na lista dos
homenageados formada por consenso entre as lideranças de bancada bem
antes da votação. Simões, conforme Neto, teria incluído o presidente do
STF de "última hora" para "causar polêmica". Revisor - O peemedebista disse ter ocorrido "forte
reação" dos deputados do PT e PCdoB, quando propôs o nome de Barbosa,
pois os dois partidos o considerariam "algoz" dos condenados do
mensalão. "Deram o título para o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) e não
aceitaram para o ministro Barbosa", reclamou e lembrou que, para
contrapor o nome do homenageado, o deputado Álvaro Gomes (PCdoB) propôs
título para o revisor do mensalão, Ricardo Lewandowski. A partir daí travou-se uma discussão que durou cerca de 30 minutos.
Para superar o impasse o líder Zé Neto resolveu não conceder títulos a
Barbosa e Lewandowsky. "Não tenho nada contra o ministro Joaquim
Barbosa, acho que é uma figura importante, foi nomeado para o STF pelo
presidente Lula e ele poderá ser homenageado em outra oportunidade, mas
não da forma que o deputado Simões quis, só por picuinha", explicou
justificando que no momento em que o tema foi discutido os deputados se
preparavam para votar o orçamento e o empréstimo, após horas de
negociação.
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