A maior
reivindicação das pessoas que aderiram ao protesto que saiu da Praça
Morena Bela por volta das 18h30min foi a saúde de Serrinha. As palavras
SAMU, UTI, SUS estavam estampadas nos cartazes. Em outros estavam os
dizeres: "Não quero tchu não quero tcha, eu quero educação boa já!".
Muitos policiais
que fazem parte do 16º BPM foram requisitados de cidades da região para
auxiliar o contingente de Serrinha. Além dos policiais, várias viaturas
também vieram dar apoio. No total, 11 veículos da Polícia Militar
acompanharam os cerca de 1000 manifestantes.
O manifesto foi
pacífico e os policiais apenas acompanharam o trajeto para evitar
possíveis incidentes e dar apoio aos manifestantes no trânsito pelas
ruas e avenidas.
As manifestações que vem acontecendo em
todo o Brasil, iniciadas nas grandes metrópoles brasileiras a cerca de
uma semana continuam ganhado força e já chegou ao interior do Brasil.
Tudo começou por conta de R$ 0,20 centavos
de reajustes no preço da passagem de ônibus coletivo, porém, com a
grande mobilização realizada em todo país pelas redes sociais, o
brasileiro oprimido e tendo que tolerar calado tanta coisa, incorporou o
espírito do brasileiro do Impeachment de Fernando Collor de Melo em
1992 e resolveu cobrar tudo que é de direito do cidadão.
Cada município escolheu algo que está
“travado” no entra e sai de governo e nada é resolvido, e a população
coiteense de maneira particular espera melhorias imediatas na saúde,
pois, apenas um hospital para atender a cerca de 65 mil habitantes, e
nem sempre encontra especialistas e algo do ponto de vista clinico que
poderia ser resolvido na cidade, por falta ás vezes de um simples
raio-x ou fratura não tão complicadas, precisam ser encaminhadas para
Feira de Santana, situação que o paciente ao chegar no Cleriston Andrade
ás vezes é atendido ainda na ambulância e mandado de volta.
Mas o que foi escolhido como foco da
manifestação na tarde desta sexta-feira, 21, em Coité foi o terminal
rodoviário da cidade, um dos maiores terminais do interior da Bahia em
extensão, porém, a muitos anos vem abandonado e ninguém sabe ao certo de
quem é a responsabilidade, se do município ou do estado. Certo mesmo é
que já esteve sob a responsabilidade dos dois.
O terminal rodoviário foi ocupado por cerca
de 400 manifestantes, a grande maioria com idade inferior a 20 anos,
que tiveram a consciência de manter pelo menos as vidraças dos guichês
das empresas São Mateus e Gontijo, como também as três ou quatro
lâmpadas que iluminam de forma precária toda área.
Eles também não se preocuparam em visitar
os sanitários, se isso tivesse feito, o máximo que poderia fazer era
tapar o nariz, pois as portas já estão praticamente soltas e os vidros
das janelas quebradas por vândalos, antes mesmo de imaginarem que tal
ato aconteceria no Brasil.
Mas o terminal rodoviário não é 100% ruim,
pois tem servido a pouco mais de um mês, a um casal de andarilho que
saiu de Serrolândia e pretende chegar a Ribeira do Pombal, mas sem
recursos financeiros estão alojados em um dos cômodos, fato que deixou
Vitor Pinto um dos articuladores da manifestação a lamentar.O homem
disse que muitas vezes limpa o banheiro, mas nem sempre tem dinheiro para comprar material.
Vitor disse que a escolha da rodoviária foi
por entender que é a porta de entrada e saída da cidade e não é
possível ficar como está. O abandono do terminal é visível já da parte
externa com o matagal tomando conta.
O açude de Itarandi é outro foco
interessante para a manifestação e horrível foco de doença. Este pelo
menos foi interditado e a prefeitura ficou com o compromisso de apoiar
as famílias que vivem da pesca e do cultivo de hortaliças.
Já foi publicado também pela Prefeitura,
que através da obra do PAC do Governo Federal irá ser construído uma
estação de tratamento de 100% do esgotamento sanitário da cidade, pois é
o principal responsável pela poluição do açude. Só que está previsto
para iniciar em julho de 2014.
Quem poderia deixar por um minuto a
segurança da manifestação e protestar, já que não teve nenhum trabalho
no ato, foi a policia militar, pois no fim da manhã precisou se deslocar
próximo a Serrinha em perseguição ao um motorista de uma van de Simões
Filho que havia abastecido em um posto da cidade e saiu em disparada sem
pagar, a guarnição alcançou o motorista, o conduziu a delegacia da
cidade e quando menos espera, a polícia depara com o motorista (camisa
branca) do lado de fora da Delegacia e sem acompanhamento de policial.”
Ninguém tem culpa, a culpa é da lei”, bradou um PM.
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