Sambadeiras e sambadores de Irará em
apresentação
Foto: Midia do Recôncavo
No próximo dia 20 de julho, a Associação de
Sambadeiras e Sambadores da Bahia e a Coordenação Nacional de Entidades
Negras realizam uma audiência pública, na cidade de Irará para a
instituição do dia nacional do samba de roda, cujo projeto de lei nº
6497/2009 é de autoria do deputado federal baiano, Zezéu Ribeiro.
A
audiência também será realizada em Santo Amaro, na Casa do Samba, dia
27 de julho. Para a Bahia, o samba é uma referência na música, na dança e
cultura.
Uma das grandes tradições da cultura brasileira, o
samba de roda, poderá ser celebrado nacionalmente, no dia 25 de
novembro, se depender do projeto do deputado federal Zezéu Ribeiro (PT).
O parlamentar é o autor do projeto de lei nº 6497/2009, que visa
valorizar esse grande movimento, proveniente da cultura dos negros
africanos escravizados no Brasil. Para discutir o assunto, a Associação
de Sambadeiras e Sambadeiros do Estado da Bahia (ASSEBA) e a Coordenação
Nacional de Entidades Negras (CONEN) realizarão audiências públicas com
a participação de Zezéu Ribeiro, nos dias 20 de julho, em Irará e 27 de
julho, em Santo Amaro.
Para o parlamentar o
samba de roda é uma expressão muito própria da Bahia e que se expressa
de formas diferenciadas no seu território, no entanto deve-se marcar
isso culturalmente no país. “Temos uma referência pra isso e a partir de
solicitação dos movimentos dos sambadeiros e sambadeiras, daqueles que
até hoje mantém esse ritmo e essa tradição, propomos a criação de um Dia
Nacional do Samba de Roda. Estamos realizando audiências públicas que
vão referendar esse pleito envolvendo os diversos segmentos da
sociedade”, diz Zezéu.
O jornalista e estudioso
da cultura popular, Josias Pires Neto, observa que o samba de roda é
uma das fontes fundamentais da música popular do país e afirma que, “a
história e a memória do samba confunde-se com a história da civilização
brasileira, a partir de uma perspectiva popular, logo o samba é a nossa
própria história, o samba é o dono do corpo, como afirma Muniz Sodré”.
Ele ainda destaca que para preservar o samba é necessário que o poder
público comece a dar exemplo, tratando a dança e seus praticantes com a
dignidade e respeito que merecem nas redes de ensino, nos eventos
públicos e nas festas “Tratar com respeito os mestres do samba da Bahia,
registrando as suas memórias em CD, DVDs, livros, fortalecendo o samba
em todas as suas variantes. O samba é a mais vigorosa de nossas
tradições culturais. Nós somos o samba”, completa Josias
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