Até agora, a grande beneficiada pelo
clamor das ruas é a ex-senadora Marina Silva
Foto: DIV
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. O "Grito das Ruas" que ecoou no país desde junho último, até agora,
tem uma política beneficiária desse processo: a ex-senadora Marina
Silva. Segundo pesquisa IBOPE, hoje, empataria com a presidente Dilma
Rousseff, a petista com 35% das intenções de votos e a ambientalista com
34%.
2. É
um feito e tanto. Sem dúvida, provocado pela revolta das ruas, o que
muda o cenário da politica nacional, até maio último tendo-se quase a
certeza de uma vitória à re-eleição de Dilma no 1º turno.
3. Houve, portanto, uma guinada de 180 graus e somente esses
movimentos das ruas difundidos a partir das redes sociais via Web, podem
justificar tal mudança. Marina, por ser a politica que inovou com o uso
das redes sociais na última campanha presidencial e, inteligentemente,
criou um partido com o nome de Rede Sustentável, diferente (pelo menos
nominalmente) de tudo o que existe no país, tem sido a beneficária.
4. Assim como a presidente Dilma, por estar no poder, a mais
prejudicada.
5. Natural que isso aconteça, pois, quem está no poder ou ganha para o
bem, quando a maré aponta nesta direção; ou perde na direção do mal,
qundo há adversidades. Se alguém tem alguma culpa no que está
acontecendo, na cabeça da população, é o governo. Não importa qual seja.
Se o dirigente nacional fosse do PSDB ou PMDB estaria pagando o "pato"
do mesmo jeito.
6. Geraldo Alckmin (PSDB), em SP; e Sérgio Cabral (PMDB), no Rio, os
governadores dos dois mais importantes estados do país também pagam seu
preço.
7.
No caso da presidente a situação é a mais complicada exatamente porque
existe Marina e esta politica soube capitalizar, mais do que qualquer
outra pessoa no país, os efeitos da internet e os apelos contidos na
rede, na campanha de 2012. Agora, só precisa dar sequência a essa ação,
ser consiste nas suas propostas, que terá um belo futuro pela frente.
8. Isso não significa dizer que Dilma está "morta" como se rotula na
politica, mas, que se encontra em situação pré-UTI não há dúvida.
9. Queda de 30% em pouco menos de dois meses é fato rarissimo na
politica nacional e o governo tem pela frente o desafio de conter a
inflação e acelerar o desenvolvimento do país, pelo menos em níveis
compatíveis com os indicadores dos BRICs, e ainda existe uma Copa do
Mundo em junho do próximo ano, uma espécie de "bomba-relógio" que
precisa ser desarmada até lá, clima que poderá ser de turbulências,
justo no ano eleitoral.
10. Põe desafio nisso. O governo está atarantado, tentando criar
soluções em várias frentes (Mais Médicos, R$50 bilhões para o
transporte, roylatties para a educação e saúde, compra de dólares para
conter o câmbio, etc) e não tem outro caminho. Quem está no governo tem,
de alguma forma, a obrigação de apresentar alternativas e atender ao
clamor das ruas. Se vai dar certo ou não são outros 500. O que não pode é
ficar parado (como não está).
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