O Jornal Folha do Estado publicou em
sua página na internet no dia 14 de julho, matéria tratando da
barroquense Clécia
Oliveira de Lima, que travou uma verdadeira batalha contra o câncer de
mama.
Para que tratamento seja mais
eficaz,
Clécia necessita de um medicamento que não é distribuído gratuitamente
pelo SUS
e custa R$15.000,00 (quinze mil reais). Diante da situação Joanita de
Oliveira
Lima, mãe da paciente que está internada no Hospital Dom Pedro de
Alcântara, procurou
o jornal para contar o drama vivido pela filha. Leia a
matéria na integra.
Medicamento de R$ 15 mil impede paciente
de fazer tratamento contra um câncer
O medicamento que custa R$ 15 mil, não é
fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
Atendendo ao apelo de uma mãe, desesperada
por ver o tormento de sua filha, que luta contra um câncer, o jornal
Folha do Estado foi até o Hospital Dom Pedro de Alcântara para conversar
com Joanita de Oliveira Lima e ouvir dela o drama vivido por sua filha,
Clécia Oliveira de Lima, que necessita de uma medicação que custa R$ 15
mil, medicação esta que não é fornecida gratuitamente pelo Sistema
Único de Saúde (SUS).
Quando descobriu que tinha desenvolvido um
câncer de mama, Clécia estava na terceira semana de sua gestação. Por
estar grávida e no início da gestação, principalmente, o médico orientou
a jovem a iniciar o tratamento quimioterápico depois que a criança
tivesse nascido. No entanto, Clécia não pôde iniciar a quimioterapia
logo após o nascimento da criança, visto que ela ainda teria que
amamentar o bebê por, pelo menos, seis meses. E foi exatamente o que
aconteceu: Após mais seis meses de amamentação, Clécia iniciou a
quimioterapia.
O problema é que em função da demora em
iniciar o tratamento, provocada pelo tempo de gestação e pelo período de
amamentação, o câncer progrediu e se espalhou, atingindo o fígado e a
costela. Provocando fortes dores abdominais e inchaço, culminando em
acúmulo de líquido na barriga, que tem que ser drenada constantemente.
Em função da piora do quadro de saúde de
Clécia, o médico que a atende receitou o uso de Herceptin
(Trastuzumabe), medicamento a ser usado em associação à quimioterapia e
posteriormente administrado como tratamento de manutenção e progressão
de doença ou toxicidade limitante. Este medicamento é indicado por
proporcionar uma maior taxa de resposta e aumentar a sobrevida do
paciente.
“Ela luta contra este câncer há mais de um
ano e meio. Quando soube que estava com câncer eu estava em São Paulo,
trabalhando. Assim que fiquei sabendo, larguei tudo e voltei para a
Bahia para lutar ao lado da minha filha. Recentemente o quadro dela se
complicou e o médico indicou a associação deste remédio à quimioterapia,
só que a medicação não é disponibilizada pelo SUS no cenário de doença
metastática e o custo deste remédio é muito alto e nós não temos
condição de pagar por ele. Quando ele receitou, custava R$ 12 mil. Agora
o preço já subiu pra R$ 15 mil. Um amigo já deu entrada em uma
solicitação gratuita deste medicamento junto ao Ministério Público, mas
isso já tem quatro meses e até agora ninguém se pronunciou”, desabafou
Joanita de Oliveira Lima.
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