A menos de duas semanas da Copa das Confederações e a um ano da Copa do
mundo, o País-sede de ambas as competições - que se orgulha de ser o
único pentacampeão mundial - ainda não tem uma seleção confiável para
essas disputas.
O empate por 2 a 2 com a Inglaterra, neste domingo, 2, no amistoso que
marcou a reabertura do Maracanã, ratifica o que dizem as estatísticas
desde o início deste ciclo.
Após a sua eliminação na Copa da África do Sul-2010, frente a Holanda
nas quartas de final, o Brasil realizou 39 jogos - 22 vitórias, sete
derrotas e dez empates.
As vitórias foram obtidas, em sua maioria, diante de adversários
inexpressivos, como Irã, Gabão, Egito, China e Iraque.
Quando se deparou com seleções mais tradicionais, o Brasil empatou -
Holanda, Itália e até Chile e Paraguai - ou perdeu - Argentina, França,
Alemanha...
Há várias explicações para a fase adversa, como os equívocos e
escândalos da CBF que impactaram no planejamento para 2014.
A inexperiência é outro obstáculo. Dos 23 chamados para a Copa das
Confederações, nove não têm nem dez jogos pela Seleção, e só quatro têm
uma Copa no currículo - Júlio César, Daniel Alves, Thiago Silva e Fred. Entretanto, é a baixa qualidade do futebol nacional que parece ser o
argumento mais razoável. Os nossos últimos craques já passaram dos 30
anos - como Kaká (31) e Ronaldinho Gaúcho (33) - e estão fora dos planos
de Scolari no momento. Da nova geração, sobram apostas, como Oscar, Lucas e Leandro Damião.
Não por acaso, virou chavão depositar as esperanças em Neymar, tido como
o principal jogador brasileiro da atualidade. Aos 21 anos, o atacante - que acaba de ser vendido pelo Santos ao
Barcelona por R$ 140 milhões - ainda não mostrou na Seleção todo o seu
poder individual.
O cenário até 2014, portanto, é uma incógnita. Scolari dará um padrão
de jogo ao time? Neymar & cia. estarão prontos? O apoio da torcida
será um diferencial?
Entre tantas questões, a certeza de que o futebol brasileiro não é
mais o mesmo...
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