O Conselho Consultivo do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sob a
presidência de Jurema Machado, aprovou, por unanimidade, o registro da Festa de
Nosso Senhor do Bonfim no rol dos bens protegidos como Patrimônio Imaterial do
Brasil. O evento junta-se ao Samba de Roda do Recôncavo Baiano, ao Ofício das
Baianas de Acarajé e à Capoeira no acervo baiano de “orgulho” do país. A
celebração, realizada sem interrupção desde o ano de 1745, atrai para a capital
baiana o maior número de visitantes, depois do carnaval, e articula duas
matrizes religiosas distintas, a católica e a afro-brasileira, assim como
envolve diversas expressões da cultura e da vida social soteropolitana. O
superintendente do instituto na Bahia, Carlos Amorim, avalia que a Festa do
Bonfim é uma referência cultural fundamental na formação da identidade,
afirmação da baianidade, além de representar um momento significativo de
visibilidade para os diversos grupos constituidores da sociedade
soteropolitana. Sob todos os aspectos, segundo ele afirma, a festa dá noção
exata da idéia de Recôncavo, sua profunda relação com a Bahia de Todos Santos e
seus saveiros, como o Sombra da Lua - que é tombado, e sobretudo com a Cidade
do Salvador, o bairro do Comércio e a Cidade Baixa.
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