Valdecy Carneiro Lima não é uma artesã reconhecida em Riachão
do Jacuípe, mas dedica a maior parte do tempo desenvolvendo a sua
criatividade, fabricando peças artesanais para ajudar a família nas
despesas de casa.
Os
arranjos garantem a elegância do ambiente, seja na casa ou trabalho,
permitindo, assim, melhor aparência estética. A utilização de objetos
naturais são indispensáveis na eficiência do trabalho e no
desenvolvimento das partes internas e externas de cada peça fabricada. No caso de
Valdecy Carneiro, do povoado de Terra Branca, o trabalho é desenvolvido
com casca do coqueiro, tabôa, cipó, talisca do licurizeiro, sambâmbaia,
carôço de mulungum, casca de serraria, argila e fibra de sisal, que dão
uma perfeita tonalidade à arte. Além do
aproveitamento de materiais provenientes da natureza, são acrescidos com
outros que têm valores variados. Fuchicos, cola, vela, tesoura, agulha,
vasilhame de vidro, bisnaga, tecidos e vernis, custam em média R$ 2,00
por mercadoria. ada arranjo
varia de preço: aqueles fabricados somente com produtos naturais, são
mais baratos em relação aos fabricados com misturas de outros
acessórios. Portanto, os valores oscilam conforme os investimentos de
cada mercadoria. Em média,
gasta-se aproximadamente 15h para concluir um arranjo. São
comercializados de R$ 15,00 a 80,00.O período mais procurado é no mês de
junho e final de ano. Apesar de pouco
tempo dedicado à nova atividade, Valdecy Carneiro demonstra intimidade
com os objetos e consegue torná-los cada vez mais perfeitos. “Tudo
começou por uma brincadeira, fiz primeiro uma rosa e percebi que poderia
fazer outras peças diferentes. Então, comecei a me esforçar’’, contou
Valdecy à reportagem do Interior da Bahia. Valdecy contou
ainda que começou a fabricar arranjos para superar um problema de saúde
muito sério. Ela disse que “estava com princípio de depressão e a nova
atividade serviu como terapia”.
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