Ex-jogador se surpreendeu com o número de microfones
“Ó eu aqui, p*!”. Com a voz rouca, Oscar Schmidt surge por trás
do batalhão de jornalistas no quintal de sua casa, em Santana de
Parnaíba, e se surpreende com o número de microfones à sua espera. Um
boné bege ajuda a esconder a grande cicatriz em sua cabeça, única marca
visível da batalha mais complicada de sua vida. As lágrimas, que se
tornaram frequentes em vitórias e derrotas, ficaram restritas aos tempos
de jogador. Depois de uma cirurgia para a retirada de um tumor maligno
do cérebro, no fim de abril, Oscar prefere sorrir. Admite, sim, o medo
da morte. Mas garante ter força suficiente para não desistir agora. – Eu
estou curado, curadíssimo. Fiz uma palestra na terça-feira. A palestra
foi linda, já voltei a trabalhar. Não vejo nada diferente. Muita gente
fala que vai vencer, e a maioria não vence, mas eu vou. Não chorei em
nenhum momento. Choro muito menos agora. É um tumor pequeno, grau 3, mas
malvado. Se eu deixar, ele não sai. Mas não vou deixar. Mesmo que eu
não consiga, eu vou tentar de todos os modos. Esse tumor pegou o cara
errado mesmo – garantiu o ex-jogador. Leia mais no G1.
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